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Neab debate desigualdade racial neste final de semana

Uma pesquisa feita pelo Atlas da Violência, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), no início deste ano, revelou que 75,5% das vítimas de homicídio no Brasil, em 2017, eram pessoas negras. E que para cada pessoa não-negra morta havia 2,7 negros. 

Em face da questão da desigualdade racial, o grupo a Sociedade Paraense de Defesa de Direitos Humanos (SDDH), o Núcleo de Estudos Afrobrasileiros (Neab) e o Movimento de Educação Popular Jurunas da Universidade do Estado do Pará (Uepa) decidiram juntar-se e convidar a sociedade civil para debater o tema no II Seminário de Combate ao Extermínio da Juventude Negra que abordará a “Cultura Periférica, narrativas e (r)existências”.

O evento ocorreu ao longo do dia 26 de outubro, de 8h às 18h, na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Placidia Cardoso, na rua dos Tamoios. No evento houve mesas e espaços culturais que problematizaram e debateram a participação da população negra na sociedade.

Para os organizadores, urge pensar numa estratégia que previnam a cruel realidade que está sendo vivida pelos negros da periferia. “Torna-se necessário e urgente provocar debates que saiam do campo dos discursos e proponham soluções a partir da realidade das periferias e sobre elas construam-se soluções e perspectivas que partam da educação e que considerem a arte, a poesia, a música e o cinema como importantes instrumentos de justiça social e direitos humanos”, descreveu o grupo em sua justificativa.

Texto: Wesley Lima/ Ascom CCSE

Foto: Aiala Colares/ Coordenação do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (NEAB)